quarta-feira, 2 de maio de 2012

Tecnologia aperfeiçoa tratamento de água

O avanço da poluição em mananciais superficiais ou subterrâneos e o rigor das legislações ambientais estão obrigando as indústrias de materiais e equipamentos para tratamento de água e esgoto a irem em busca de tecnologias mais modernas e baratas.

Os sistemas convencionais abrangendo o ciclo da floculação - com sulfato de alumínio - decantação, filtração e desinfecção com cloro, que estão em todas as cidades brasileiras e na maior parte da América Latina, já são considerados ultrapassados.

Atualmente já estão sendo experimentados novos produtos para a floculação, como os compostos de tanino, que além de serem derivados de uma árvore (a acácia negra) geram menor quantidade de lodo e ainda assim, de melhor qualidade, não sendo considerado um resíduo perigoso. O dióxido de cloro vem se expandindo em substituição ao gás cloro que tem ainda o inconveniente de exigir extrema segurança no armazenamento.

Mas os top de linha, já em uso na Comunidade Européia e nos Estados Unidos, são a ultra ou nanofiltração com membranas e o uso do ozônio e do ultravioleta para a desinfecção.

O ciclo de renovação de tecnologias na área de tratamento de água no Brasil, no entanto, custa a se abrir. Um pouco por comodismo, mas também por falta de cobrança da população - que muitas vezes nem conta com água tratada seja de que espécie for - ou por questão de custo. Por isto estas tecnologias para ganharem mercado precisam ter versatilidade e custos competitivos.

E isto é o que promete a Dow Water & Process Solutions que está lançando no Brasil skids compactos de ultrafiltração (modulares) que podem ser adaptados a sistema convencionais para modernizar e aperfeiçoar o tratamento. "Sabemos que um ponto importante na adoção de uma nova tecnologia, como esta da ultrafiltração, é poder utilizá-la para melhorar os sistemas convencionais a um custo compatível" explica Renato Ramos, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa no Brasil.

Neste caso, os módulos podem ser adicionados em qualquer etapa do tratamento, ocupam pouco espaço, necessitam de menos peças e materiais, quando comparados aos modelos tradicionais, o que se traduz em custos menores, montagem mais rápida e menor área ocupada.

Segundo Ramos se hoje for implantada uma ETA com ultrafiltração certamente seu custo total será cerca de 40% menor do que o que seria gasto com um sistema tradicional.

Especificamente sobre o gosto e odor de algas na água ele recomenda a instalação de módulos de ultrafiltração para obtenção de um tratamento mais eficiente e lembra que a Portaria de Potabilidade - a 2.914 - proíbe o uso de algicidas como vinha sendo feito para minorar esse efeito na água tratada.

Atualmente existe uma ETA de membranas com tecnologia Dow funcionando na Ilha de Fernando de Noronha para a dessalinização da água pelo método da osmose reversa, além de outras em vários empreendimentos industriais que necessitam de água com qualidade mais avançada. Mas ainda não há nenhum projeto com a tecnologia de membranas abrangendo sistemas públicos de abastecimento de água no Brasil.

Fonte: Água Online

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