segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Na maioria das cidades e capitais a Política Nacional de Resíduos Sólidos ainda não saiu do papel


Maioria das cidades e capitais não têm aprovada uma política de reciclagem e coleta seletiva como prevê a lei 12.305 de 2010.

Aprovada em 2010, a Política Nacional de Residuos Solidos (Lei 12.305/10) foi discutida por quase 20 anos no Congresso Nacional, mas embora seja considerada por especialistas como uma boa lei, existe uma preocupação sobre sua efetividade, porque ela exige uma participação ampla da sociedade. Mas qual o problema? Qual a dificuldade de separar o lixo? A população está consciente da importância de separar o lixo seco do orgânico e está fazendo a sua parte?
De acordo com o presidente da Coop Tubiacanga, cooperativa de catadores de materiais recicláveis com sede na Ilha do Governador, Vanderson Sabino, o discurso de que não adianta fazer a seleção do lixo em casa, porque o caminhão da limpeza urbana não tem este recurso, é verdade que falta recurso e é necessário ampliar a coleta seletiva, mas a população tem consciência sim da coleta seletiva. Ele agradece à população que faz a coleta seletiva em casa, porque o que ele recebe é muito bem separado e a qualidade do lixo seco é excelente.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (SELUR), Ariovaldo Caodaglio, uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas mostra que a população tem conhecimento de que jogar lixo na rua, deixar de fazer a coleta seletiva e outros procedimentos é errado. “Todos têm consciência da coleta seletiva. Então parece que falta o envolvimento, fazer essa população ter comprometimento com a própria cidade em que vive, da importância da coleta seletiva em relação a todas as questões ambientais”, avalia.
Para a diretora de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Zilda Veloso, “é importantíssimo o papel do cidadão na separação o seu lixo. E mesmo que as prefeituras não tenham implantado a coleta seletiva, há catadores na maioria das cidades brasileiras”.