A MFSFlux, empresa brasileira de soluções para o meio ambiente, atua no segmento de tecnologia de beneficiamento de água e tratamento de efluentes, fornecendo os serviços para todas as etapas do processo de tratamento de água, de efluentes, descarte de material e produção de água de reuso. A empresa - que tem entre seus clientes a Hyundai, em Goiás, a Ford, na Bahia e a Coca-Cola, no Rio de Janeiro está investindo R$ 6 milhões para trazer ao mercado dois novos produtos para tratamento de efluentes. O Turboflux e o Carbonflux utilizam tecnologia japonesa e russa, respectivamente, sendo que o segundo será fabricado pela própria MFSFLUX em São Bernardo do Campo.
O Turboflux é um polímero que reduz em 95% as impurezas de efluentes com 35% de redução do custo operacional. O Carbonflux retira do ambiente óleo derramado, seja em meio líquido ou sólido - inclusive da areia - e reduz o custo em até 50%. "Somos distribuidores exclusivos dessa tecnologia japonesa que substitui produtos químicos como os descolorantes, coagulantes, entre outros", diz Marco Antonio Minerbo, sócio-diretor da empresa. Trata-se de um polímero que aglutina em flocos as impurezas presentes nos efluentes - industriais e sanitários - em um tempo que varia de 30 segundos a um minuto.
"O tempo gasto pela tecnologia atual é de no mínimo uma hora, garantindo economia em escala em toda a operação", garante Minerbo. Até a construção da estação de tratamento de água fica 35% mais barata. Tomando como parâmetro uma ETE de pequeno porte, por exemplo, o investimento exigido é de aproximadamente R$ 3,25 milhões contra gastos atuais de R$ 5 milhões. A área construída diminui o que requer menos obras civis e reduz também o número de equipamentos adquiridos porque a produtividade aumenta muito.
O Turboflux é um produto focado para produção de água de reuso porque atua no tratamento primário do efluente, apresentando um rendimento superior a 95% de remoção de impurezas. O floco gerado possui aspecto plástico que retém 20% menos de água, o que agiliza também o trabalho do secador de lodo.
Com as novas regras de taxação e limitação de captação de água pura, o reuso ganhou importância no setor industrial. Uma fábrica do setor automotivo, por exemplo, gasta em média 150 mil metros cúbicos por mês. Já no setor têxtil, esse uso chega a 600 mil metros cúbicos por mês. "A economia proporcionada pelo Turboflux é real e contribui tanto para o caixa das empresas quanto para a preservação dos nossos mananciais", afirma o empresário.
O Carbonflux é um grafite tratado industrialmente para ampliar sua capacidade de absorção. A tecnologia foi desenvolvida na antiga URSS e adquirida pela MFSFlux na Rússia, por meio de licença exclusiva. A planta de fabricação será em São Bernardo do Campo e entra em operação em dezembro de 2009. "O produto é ideal para retirada de óleos em geral e absorve 45 vezes mais o seu próprio peso. Ou seja, para cada 1 kg de Carbonflux, são absorvidos 45 kg de óleo", explica Minerbo.
O processo em uso atualmente no mercado é o de flotação que só absorve o óleo em meio líquido e, no processo, acaba captando água junto. Já o Carbonflux absorve óleo em qualquer lugar - inclusive na areia - e não capta água, apresentando capacidade de descontaminação da água de 99,9%. Na areia, por exemplo, a remoção de óleo fica aproximadamente 50% mais barata. No mar, reduz em 35%. "A capacidade elevada de absorção dá ao Carbonflux uma produtividade única no mercado", afirma o sócio-diretor da MFSFLUX.
Os planos da companhia são de expandir seu faturamento mensal dos atuais R$ 3,5 milhões para R$ 10 milhões já a partir de 2010. O investimento deve gerar 100 novos postos de trabalho.
Fonte:Agua, gestão e sustentabilidade
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