quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Itautec investe para tirar o chumbo de seus produtos

Por Redação Akatu


A Itautec, braço de tecnologia do Itaú, parceiro pioneiro do Instituto Akatu, anunciou que vai eliminar o chumbo e outros metais pesados de toda sua produção de equipamentos até o fim do ano. A medida é parte de um projeto de gestão ambiental implantado na empresa em 2006, e que exigiu investimentos de R$ 3 milhões em uma nova linha de produção que atenda à diretiva européia RoHS (Restriction of Hazardous Substances). A legislação proíbe substâncias nocivas à saúde humana e ao meio ambiente em equipamentos vendidos à Europa.

Normalmente, o chumbo está presente em ligas de soldas tradicionais, acompanhado do estanho. A solda faz a junção dos componentes eletrônicos à placa de circuito impresso de equipamentos eletrônicos. O problema é que o chumbo é um metal tóxico e pode contaminar ar, água e solo, e trazer graves danos ao organismo humano, onde tem efeito acumulativo. A decisão é especialmente importante porque o lixo eletrônico já responde por 70% dos metais pesados presentes em depósitos de lixo.

Com o objetivo de manter uma produção 100% livre desta substância, a Itautec passou a utilizar uma liga de estanho, cobre e prata para fazer as soldas de seus equipamentos. Isso acarretou uma série de mudanças, como troca de componentes das máquinas e alterações na cadeia de fornecedores. A medida também exigiu um acréscimo de 2% nos custos de produção, reduzindo a margem de lucro da companhia.

Responsabilidade Social Empresarial

A Itautec mantém, há sete anos, um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que reúne as políticas e práticas de Responsabilidade Social Empresarial (RSE), de onde surgiu o investimento em uma linha de produção “lead free” (livre de chumbo).

A companhia também possui um programa de tratamento de resíduos em que se responsabiliza pela destinação adequada dos equipamentos que fabrica (equipamentos de automação comercial e bancária, computadores pessoais e servidores) e a reciclagem dos componentes, sempre que possível. Atualmente, a Itautec processa 12,8 toneladas por ano de placas eletrônicas que são recicladas. Segundo a própria empresa, esta ação é uma resposta à demanda de clientes empresariais, que exigem a inclusão de cláusulas específicas nos contratos de compra dos produtos eletrônicos sobre a destinação dada às máquinas após o final da sua vida útil.


(Envolverde/Instituto Akatu)

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