O laboratório de análise da qualidade da água do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) está aperfeiçoando suas atividades para 2009 e investindo em capacitação de técnicos. O laboratório é conceituado como referência nacional.
Atualmente são 113 pontos de coleta para monitoramento da água em todo o Estado, mantidos pela equipe de técnicos do Imasul. Segundo a responsável pelo laboratório, Márcia Cristina, as coletas são feitas nos principais cursos hídricos do Estado, inseridos nas bacias do Paraguai e do Paraná. “Os técnicos vão a campo para colher amostras de água e emitimos relatórios sobre as condições de potabilidade dos recursos hídricos que fazemos monitoramento” afirmou Márcia.
Plano Estadual
Além do monitoramento da qualidade da água no Estado, o governo está a frente de um dos mais importantes instrumentos para a gestão integrada e participativa das águas do Estado de Mato Grosso do Sul, o Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH) .
O PERH estabelece as diretrizes para a gestão, outorga de direito de uso e cobrança pelo uso dos recursos hídricos. O Plano de Recursos Hídricos já era previsto na Constituição do Estado e, mais recentemente, nas Políticas Nacional (Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997) e Estadual de Recursos Hídricos (Lei nº 2.406/02).
O plano teve suas ações consolidadas na última oficina do ano, que aconteceu entre os das 8 e 10 de dezembro.
O principal objetivo do PERH-MS é adequar a gestão dos recursos hídricos em função das diversidades e especificidades físicas, bióticas, demográficas, econômicas, sociais e culturais das bacias hidrográficas e municípios do Estado. A utilização da bacia hidrográfica como unidade de planejamento é uma das inovações trazidas pela legislação de recursos hídricos. O processo de elaboração do plano também orienta de forma técnica, estratégica e política, a ação do Conselho Estadual e das outras instâncias do Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos. O plano será implantado por lei.
A elaboração do PERH-MS, que está sob a coordenação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac) será, ainda, um importante subsídio ao Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) de Mato Grosso do Sul, em elaboração pelo governo estadual.
Riquezas hídricas
A proteção dos recursos hídricos impõe o desafio da conservação e uso sustentável, em especial para o Estado. Em Mato Grosso do Sul, as águas se constituem numa das principais riquezas, suficientes para atender às necessidades da população e do meio ambiente. Duas grandes bacias hidrográficas, a do Paraná e do Paraguai, estão presentes e se interagem através de extensa malha hídrica superficial, subterrânea e de áreas úmidas.
A Bacia do Alto Paraguai tem em Mato Grosso do Sul mais de 173 mil km². Nela, o Estado compartilha com Mato Grosso, Bolívia e Paraguai um Patrimônio Natural da Humanidade e Patrimônio Nacional pela Constituição Federal - o Pantanal. Esta é a maior área úmida continental de água doce do planeta.
Já na Bacia do Paraná, o Estado possui quase 170 mil Km², numa região que concentra o maior desenvolvimento econômico estadual. Os recursos hídricos são aproveitados para geração de energia elétrica e desenvolvimento da agropecuária, pesca, turismo e diversas atividades industriais, mas também sofrem em virtude de grandes pressões com desmatamentos.
Mato Grosso do Sul também dispõe de importantes reservas subterrâneas de água doce. Entre elas está a principal da América do Sul e uma das maiores do mundo: o Aquífero Guarani. Cerca de 59% do território do Estado está em área da reserva, sendo o estado brasileiro com maior área do Aqüífero no país (ocupa 25,4% da extensão total).
Fonte: Fátima News/Aesbe
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