A melhoria e expansão das redes de coleta de água e esgoto são o caminho para que o Brasil possa atingir um desenvolvimento econômico e social no futuro. Essa é a opinião do coordenador do Laboratório de Hidrologia (Labhid) da Coordenação de Programas de Pós-Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), Paulo Canedo. A receita é o combate ao esgoto. O saneamento. O Brasil precisa investir em saneamento.
Canedo afirmou Agência Brasil que o Brasil não tem andado bem na área da preservação da hidrologia. Os recursos hídricos brasileiros estão ruins. No entanto, o cenário futuro pode ser bom. Quer dizer, vale a pena lutar por isso, porque o prêmio da conquista é elevado.
Em um cenário de escassez crescente de água no mundo, explicou o especialista, a posição do Brasil, rico em recursos hídricos, vai ficar cada vez mais importante. Isso, acrescentou, poderá trazer desenvolvimento e crescimento de exportações, representando um cenário de competição mais cômodo para o Brasil
O coordenador do Laboratório de Hidrologia disse que a participação majoritária da energia hidráulica na matriz energética nacional é positiva, porque se trata de uma forma de energia limpa. Essa foi uma opção boa que o Brasil fez no passado. E não mudou muito.
Já em termos de meio ambiente, a posição do Brasil ainda deixa a desejar, na opinião de Canedo. O Brasil degrada o seu meio ambiente. E, exatamente por isso, passa a ter a água também degradada. Essa é a parte ruim.
O país, segundo Canedo, não conseguiu controlar a degradação de suas riquezas naturais. Elas são maltratadas. Nós desmatamos a Amazônia.
Canedo salientou, entretanto, que não é contra o desmatamento da Amazônia, desde que isso reverta em benefício para o país. Você desmatar a Amazônia para enriquecer o país, é possível. Mas, desmatar para criar gado é ruim. O país não necessita disso. É um desmatamento burro.
Fonte:Gazetaonline
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